A menina de sorriso largo, vestida de ingenuidade ficou para trás. Tropeça na calçada, dá gargalhadas, nada faz sentido. Cresceu a acreditar no conceito de amor eterno. Palavras ditas e descritas mas desconhecidas. A eternidade do amor apenas se mantém na memória, na realidade deitamo-nos com desejos, vivemos com paixões, vivemos momentos de efémera felicidade. Somos humanos, nunca estamos satisfeitos, a eternidade nunca terá convite.
Apesar do vazio, reencontra-se no calor da lareira, protegida pela sua manta, bebe um copo de vinho e celebra o regresso do frio. Esse regresso que nada trás de novo, apenas o cheiro das castanhas assadas, as calçadas que se vestem de folhas, as primeiras luzes artificiais.
A menina ficou para trás, mas a loucura mantém-se, o desejo e a paixão por aquilo que interessa também. A mulher sente-se cansada, precisa de retirar-se para recuperar as forças, protege-se do frio, afasta-se, volta aos lugares comuns.
5 comments:
A menina de sorriso suave, regressa após um tempo. Sorrindo, a ingenuidade não era roupa que lhe servisse.
Bela foto.
Beijos,
O amor não está escrito no papel, pois este pode ser apagado. Eterno? Prefiro concentrar-me no meu prazo.
Concordo com l.gato, bela foto.
Bom dia de manhã, L. Gato.
O sorriso volta sempre, essa roupa já lhe serviu, sim, até lhe ficava bem larga. Engordou, deixou de servir.
Obrigada!
Beijos.
Mas não gostariamos que o nosso prazo fosse eterno?
Há tanta coisa que não está escrita que pode ser apagada.
Agradecida, damien
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