New session@Happy Pills

hard to find love
since you arrived here
harder to find the love
then pull your body near

The sun

A semana segue um pouco alvoraçada, os dias passam, mas a tranquilidade nascida mantém-se quente, à espera, ansiosa, pelos dias de férias que aí vêm.

Aos poucos as ideias assentam, o corpo de tanto cansaço move-se lentamente, a caminho daquele sítio, iluminado, pelos raios de sol que não se querem esconder.

Tudo se move, as memórias circulam, não passam, o corpo pesado deseja o descanso final.

ReOpen

Por vezes, sem darmos conta, certas coisas fecham-se, sem percebermos muito bem o seu porquê.

Este blog fechou-se temporariamente, se calhar quis ir de retiro ou esconder-se de olhares estranhos. Talvez, porque passaram a ser demasiado indiscretos e o blog intimidou-se.

A um passo das férias, decidiu reabrir, talvez para receber o melhor que os outros têm para dar...

"Nuns momentos de clausura, melhor entende a abertura da mente"

A place to go

There's a place I must go
It's not a place i have seen
But I'll get there in a new dream
Down the ocean road
Past a sign that says good left town
Into a darkness where the stars do drown
But a star in me needs to be free
And when the battle was done
I was promised my sun
But with a thousand nights gone
To any kingdom I run
There's a place I must go
For my heart is a child
That stumbles lonely for the arms of the wild
Hear the desert sigh
Sing the city's lullaby
The giant iris of the wide blue sky
Showing me the way
You know that it's time to go up, up, up, up, up

Iluminação

Naquele espaço observo o centro, alguém sentado à espera do que vem a seguir. Acompanha o ritmo dos sons que ouve e avalia cada um que o rodeia...aquele, o divorciado, apaixonado pelo pai de três filhos, a outra que dança sozinha, observada pelos olhares da casada, a grande paixão do solteiro, desejado por três mulheres, que desesperam pela sua atenção.

Naquele espaço, os olhares que observam tudo, ou às vezes quase nada...apenas se limitam à sua abertura normal.

Um olhar de desprezo, outro de desejo, um outro que chora de riso...e um outro que ilumina aquele lugar, claro.

A iluminação, não divina, apenas produzida à conta da velocidade do estremecer do seu estômago, da confusão que vive...ou mesmo da vida que levou. Não sabe, deixou de querer saber.

Where are you?

Nokkrum Dögum Síðar Við Tölum Saman Á Ný

En það varst þú sem allt Lést í hjarta mér Og það varst þú sem andann aftur Kveiktir inní mér

Hjartað Hamast

En hvar ert þú....

Recomeço

"(...) no mais das vezes, a durabilidade das relações vem de todo o lado excepto do prazer imediato que elas nos proporcionam. O Homem, criatura de hábitos, prefere a ilusão de conforto de um conhecido que já não lhe aqueça a alma ao perigo iminente da solidão fria ou às amplitudes térmicas do estado de enamoramento, e por isso rumina e retarda o fim das relações já mortas, encetando (numa lógica absurda e autista de fugas para a frente) uma sucessão de novas tentativas, repristinações e recomeços. O problema é que “o recomeço” — esse conceito nobre e luminoso que encobre uma demão de tinta mal enjorcada na nossa parede grafitada de emoções — só funcionaria se pudéssemos, um dia, reencontrar o outro, sem memória."

Laura Cravo, in 'Sem Memória

Strange steps

No Longer, no Longer

What You Ask

Strange Steps

Heels Turned Black

The cinders the cinders

They light the path

And these strange steps

Take us back, take us back

Flow sweetly, hang heavy

You suddenly complete me

You suddenly complete me

Flow sweetly, hang heavy

Hysterical

Para um bem estar geral

Estava eu a tomar o meu café no sitio do costume quando observo dois benfiquistas, totalmente sorridentes a falar da vitória do seu clube, na noite passada. Esta análise levou-me a pensar nos benefícios criados com as vitorias deste clube, já que o seu n.º de simpatizantes é vergonhosamente exagerado.
Benfiquista feliz, feliz no trabalho, produz mais, maior produtividade do país, o nível ate pode ser tão grande que até poderíamos sair da crise, rápido.
Benfiquista feliz, chega bem disposto a casa, menos mulheres que levam porrada, menos guerras com o taxista da frente, menos cadeiras partidas nos estádios, menos...tanta coisa!
Apenas em nome da produtividade do pais, contra os maus tratos até seria capaz de lutar a favor deste clube, mas só por um ano...mas so a escrever isto já me sinto tonta. Não, serei sempre fiel aos meus valores, mas vá, uma vitoria ou outra só faria bem a muita gente!

Numa esquina

Será o desejo pelo platónico sinal de imaturidade? Ou será apenas resultado da vontade pelo não conformismo e lutar por aquilo que realmente nos faz viver?
Viver, sentir, não por simples desejos ou para limpar solidões, viver por aquilo que nos leva a sentidos nunca visitados. Por isso interessa viver.
No virar daquela esquina está a felicidade, onde os pensamentos se complementam, os gestos se seguem e os beijos não se cansam.
Numa outra esquina encontrou um desejo alheio, que a mergulhou em sentimentos confusos, onde o seu desejo é apenas a fuga.
Fugir e desejar apenas tropeçar naquela esquina, talvez imatura, ou talvez, simplesmente, a verdadeira forma de viver.

30 years to be a woman

A chegada a uma nova década implica novas obrigações? Novas posturas para ser aceite nela? Ou será que basta ser como sou, agora a pertencer a uma nova década? Terei saudades dos anos que passaram? Terei desejo dos anos que virão? Serei capaz de dizer "os anos passaram mas prefiro o presente!"?

A passagem para uma nova década a cargo da madM@café-suave (já amanhã!)

Fred

Lembro do primeiro dia que conheces-te a tua nova casa, bem pequenino, caias quando tentavas andar, andavas meio torto.
Lembro quando, ainda pequeno, tinhas a mania de roer os móveis, essas tendências lá acabaram quando decidimos pôr...piri piri nos móveis!
Lembro quando ficavas à porta do meu quarto e bastava eu abrir um olho, apercebias-te logo que já estava acordada e ficavas, do lado de fora, a ganir à espera que te abrissem a porta.
Lembro quando tinhas a mania de apanhar seres voadores pequenos e naquele dia, na praia, apanhas-te uma abelha e não voltas-te abrir a boca nesse dia.
Lembro quando ladravas a todo o desconhecido, mas quando vias a casa cheia, escondias-te de tudo e de todos, a tremer.
Lembro quando eu voltava a casa e ladravas feito louco, a pedir as minhas festas.
Lembro o quanto rosnavas a qualquer um, quando comias...e aqueles ossos grandes, estava feito quem chegasse perto!
Lembro os teus olhos brilhantes quando viam uma bola, quando saltavas e pulavas por toda a casa, lembro os teus olhos tristes quando vias alguém a chorar.

(1994-2009)

I Might be wrong

A vida urge, caminha rápido, ultrapassa os dedos sem pedir licença, como pequenos grãos de areia, que o vento faz desaparecer em segundos. O olhar fixa aquilo que deixei. Percebe que o maior desperdício da vida não é a viagem não realizada, essa posso concretizar em qualquer altura, não é aquela peça não comprada, talvez mais tarde a reencontre, não é a festa não ida, outras surgirão, mas sim o amor que não entreguei, por defesa, por egoismo, por protecção contra o sofrimento.
No depois, olho no espelho e vejo um sentimento que ficou escondido, tão guardado, a defesa foi grande, a realidade foi outra. Podia estar errada, mas agora sei o que foi.