Sep 28, 2008

Darkness


Visito o abismo. Morrem as palavras fabricadas, os sentires levianos. Vivemos de fugas e esperanças. Deixo de procurar o sentido do nada, nos sonhos visitam as perguntas, acordo, esqueço. Perdão por estar, por ter seguido o coração, aquele que quer deixar de sentir, chora raivas e sente-se só. O coração que estremece por ter sido apenas mais um, que receava o desconhecido. Perdido por entre memórias, sentires e desilusões, bastaram uns minutos para cumprimentar o lado mais obscuro.
Na margem que avisto, os sentires não fazem sentido, maquinizados, que roubam momentos, numa sede descontrolada de desejos pelo desconhecido, que brincam aos olhares e aos erotismos, exibindo a face da razão e da dignidade.


2 comments:

Anonymous said...

Já pensastes escrever um livro? Tens jeito. Claro que para leitores, também, com essa sensibilidade ...que ainda bem que ainda há...Vai em frente e lembra que por vezes só quando tropeçamos no abismo é que voltamos a reencontrarmo-nos..é bom saber que continuas a fazer parte .. de Ti.. mesma...Bom regresso ao mundo dos Amigos!

Someone said...

Hum...acho que as experiencias boas, as que me fizeram crescer, as que me fizeram sorrir e chorar, tendo em conta as memórias vividas e as sonhadas...se calhar até dava para qualquer coisa. Fica a proposta, talvez com o nome "Simplesmente M".
Apesar dos abismos que encontro acho que continuo (e continuarei) a ser eu própria, sonhadora e amante eterna.

Beijos grandes, afg