Sep 30, 2008

Turbilhão de sentidos

O ego parasita que se alimenta de presas, facilmente cairá na fossa, perdido em mil bocados. A inteligência não é medida do ego, nem as palavras ditas nem os olhares inventados. Tudo é falso, nada é intocável, o mundo não é nosso, somos apenas pequenos seres, deambulantes, sem verdadeiro destino nem crenças.
Superam os que criam o seu mundo, sem egoísmos, sem intocabilidades. Aproveitam a novidade que ai vem, seguem o coração e não se ficam por meros instintos.
A vida, o verdadeiro circo, uns alimentam-se das palmas, outros do brilho, outros ficam-se pelos nacos de carne, que azedam com o passar do tempo.
Tudo o que aparece não é esquecido, nada é feito em vão, nada se diz sem significado. As partidas são sempre uma realidade, os esquecidos facilmente se alimentam de novas memorias, as noites passam a ser dias, a lua deixa de fazer sentido.
Mas porquê as substituições repentinas? O que foi deixado alguma vez fez sentido? O que ai vem faz todo o sentido?
Ou vamos resumir os sentimentos apenas a sonhos, sem procurar o significado do nada? Porque a beleza está no silêncio e a paixão no mistério?
Calo-me eternamente, deixo de ouvir o que me embala, provo a novidade, observo a mudança.
(Apago os desejos e as vontades incontroláveis, que teimam ficar. Caiu uma nova tempestade de erros, que apagou as linhas da estrada. Não sei por onde seguir, não quero deixar esta estrada, mas ela deixou de ter saída).

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