Feb 29, 2008

O amor, quando se revela...

"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..."
Fernando Pessoa

LUZ

Luz...
É a vida
A energia
A tranquilidade
Onde não existe o caos e o sofrimento
podemos continuar ligados a ela
ou simplesmente desligarmos
tenho medo...
por isso quero continuar ligada a ela.

Feb 28, 2008

NOTÍCIA DO DIA

Dizem que daqui a 5 anos o sexo já será praticado com Robots!!!!!! Mas isso já não acontece??? Hoje em dia somos verdadeiros robots humanos, um pouco mais quentes que essas máquinas é claro, mas que no momento não pensam muito nem precisam de criar grandes coisas...
Será que aos poucos não estaremos a caminhar para os primórdios do nascimento da espécie humana?

Sem ironias e sem manias, esta noticia chocou-me e tenho receio que tudo aquilo que envolve o sexo (muito para além do físico) deixe de ter algum interesse...Mas sendo realista, acho que a tendência é mesmo essa!

Feb 26, 2008

Vazio

"Vamos pela vida intercalando épocas de entusiasmo com épocas de desilusão. De vez em quando andamos inchados como velas e caminhamos velozes pelo mar do mundo; noutras ocasiões - mais frequentes do que as outras - estamos murchos como folhas que o tempo engelhou. Temos períodos dourados, em que caminhamos sobre nuvens e tudo nos parece maravilhoso, e outros - tão cinzentos! - em que talvez nos apetecesse adormecer e ficar assim durante o tempo necessário para que tudo voltasse a ser belo.Acontece-nos a todos e constitui, sem dúvida, um sinal de imaturidade. Somos ainda crianças em muitos aspectos.A verdade é que não temos razões para nos deixarmos levar demasiado por entusiasmos, pois já devíamos ter aprendido que não podem ser duradouros.A vida é que é, e não pode ser mais do que isso.Desejamos muito uma coisa, pensamos que se a alcançarmos obtemos uma espécie de céu, batemo-nos por ela com todas as forças. Mas quando, finalmente, obtemos o que tanto desejávamos, passamos por duas fases desconcertantes. A primeira é um medo terrível de perder o que conquistámos: porque conhecemos o que aconteceu anteriormente a outras pessoas em situações semelhantes à nossa; porque existe a morte, a doença, o roubo...A segunda fase chega com o tempo e não costuma demorar muito: sucede que aquilo que obtivemos perde - lentamente ou de um dia para o outro - o encanto. Gastou-se o dourado, esboroou-se o algodão das nuvens. Aquilo já não nos proporciona um paraíso.E é nesse momento que chega a desilusão, com todo o seu cortejo de possíveis consequências desagradáveis: podem passar-nos pela cabeça coisas como mudarmos de profissão, mudarmos de clube, trocarmos de automóvel ou de casa, divorciarmo-nos... E, então, surge o desejo de partir atrás de outro entusiasmo: queremos voltar a amar...Nunca mais conseguimos aprender o que é o amor.Se nos desiludimos, a culpa não está nas coisas nem está nas outras pessoas. Se nos desiludimos, a culpa é nossa: porque nos deixámos iludir; porque nos deixámos levar por uma ilusão. Uma ilusão - há quem ganhe a vida a fazer ilusionismo - consiste em vestir com uma roupagem excessiva e falsa a realidade, de modo a distorcê-la ou a fazê-la parecer mais do que aquilo que é.Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas.Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de bem, de felicidade, de beleza. Em primeiro lugar porque não são perfeitas (só a ilusão pode, temporariamente, fazer-nos ver nelas a perfeição). Depois, porque não são incorruptíveis nem eternas: apodrecem, gastam-se, engelham-se, engordam, quebram-se, ganham rugas... terminam.Aquilo que procuramos - faz parte da nossa estrutura, não o podemos evitar - é perfeito e não tem fim. E não nos contentamos com menos de que isso. É por essa razão que nos desiludimos e que de novo nos iludimos: andamos à procura...De resto, se todos ambicionamos um bem perfeito e eterno, ele deve existir. Só pode acontecer que exista. Mas deve ser preciso procurar num lugar mais adequado."
Anónimo

Feb 19, 2008

The Raveonettes - Love In A Trash Can




Concerto já na próxima quarta feira, no Santiago Alquimista, 15€
Espero estar por lá!!!

Feb 17, 2008

À parte do feelingsmachine - A não perder!!!

The Charlatans - 4 de Fevereiro - Aula Magna
The Raveonettes - 20 de Fevereiro - Santiago Alquimista
2.º Aniversário Projecto Marginal - 23 de Fevereiro - Santiago Alquimista

Lou Rhodes - 29 de Fevereiro - Santiago Alquimista
The Cure - 8 de Março - Pavilhão Atlântico
Portishead - 27 de Março – Coliseu de Lisboa
Editors - 2 de Abril - Praça de Touros do Campo Pequeno
Feist - 11 de Junho - Aula Magna

Feb 15, 2008

Flash de más recordações

De repente e, não consigo perceber porquê, lembrei-me das discussões que tinhamos, e sinto-me arrepiada...sem acreditar muito bem que isso alguma vez tenha mesmo acontecido. Mas aconteceu...sinto um arrepio gelado a entranhar-se em mim!!! Como foi possivel que por causa daquelas discussões tenha por vezes entrado em estado de choque?!?!?!?
Não, não quero recordar esses momentos...muita coisa melhorou desde aí. Eu amo-o e agora não vejo como seria possivel isso voltar acontecer...não, nunca mais!!!